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domingo, 27 de fevereiro de 2011

E...

O beijo, de Francesco Hayez, 1859



E...
Se caísses em meus braços
E... se eu fôsse a Oriana,inglesa
E... se tua poção de amor
Assim, coubesse tão súbita
Toda em mim...
Nos presságios do coração
Nos traços da felicidade desperdiçada
E...se prendesses as pedras ermas e fugazes
E... se a vida em alumbramento
Que viesse bater à porta
Em esperanças verdes-damasco
Nimbos,nimbos de inquietações
Cheias de esperas trancafiadas
No rasgão de todas as noites
Em torno dos célebres instantes
Prateando os dias silenciosos
Desabam em nuas realidades
E... se caísses em meus braços.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

TRANSVERSAL DO TEMPO


"As coisas que eu sei de mim
São pivetes da cidade
Pedem, insistem e eu
Me sinto pouco à vontade
Fechada dentro de um táxi
Numa transversal do tempo
Acho que o amor
É a ausência de engarrafamento
As coisas que eu sei de mim
Tentam vencer a distância
E é como se aguardassem feridas
Numa ambulância
As pobres coisas que eu sei
Podem morrer, mas espero 
   Como se houvesse um sinal Sem sair do amarelo
João Bosco e Aldir Blanc